Binance coins (BNB) são as criptomoedas nativas do blockchain da exchange, Binance, chamada BSC (Binance Smart Chain). O objetivo do projeto é trazer todas as ferramentas do universo cripto para uma só corretora.
Em outras palavras, a exchange tem a ambição de contar com o próprio blockchain, uma carteira de criptomoedas, um grupo de estudos e um token nativo. Com isso, pretende gerenciar todo o processo de modo uniforme.
Como as Binance coins surgiram?
A corretora Binance surgiu em 2017, com a iniciativa de Changpeng Zhao, depois de uma longa carreira em empresas do mercado financeiro. Ao ter contato com o mundo dos blockchains, ele se dedicou de forma intensa ao estudo e ao desenvolvimento de redes e tokens, decidindo lançar a exchange.
As Binance coins surgiram no mesmo ano. No início, eram um utility token que dava vantagens exclusivas. Com o tempo, foram ganhando corpo e passaram a ser ativos digitais. Foram lançadas 200 milhões de moedas, sendo 10% para quem investiu desde o começo, 40% para os fundadores e 50% para o lançamento oficial.
Uma moeda com grande movimentação precisava da própria plataforma. Então, surgiu a Binance chain, o blockchain nativo da Binance. Com todos os projetos e sistemas próprios, fica mais fácil para a exchange e os clientes terem acesso a todas as ferramentas sem precisar sair do sistema.
Do ERC para o BFT
As Binance coins foram criadas inicialmente no protocolo ERC-20, na plataforma Ethereum. Porém, na hora de desenvolver o próprio blockchain, a empresa utilizou outro tipo de protocolo.
Conhecido como BFT, o protocolo de consenso Byzantine Fault Tolerance funciona como um algoritmo capaz de identificar e resistir a diferentes atividades dos nodes da rede. O nome vem da história de um dilema enfrentado pelos generais bizantinos.
A história por trás do protocolo de consenso das Binance coins
Imagine que os exércitos de generais bizantinos cercaram uma cidade. Para eles a tomarem, o ataque precisaria ser coordenado, ou seja, os generais deveriam saber a hora exata de enviar os soldados para a batalha. Para isso, eles se comunicaram por meio de mensagens.
Uma série de coisas poderia acontecer: as mensagens poderiam não chegar a tempo, ser interceptadas ou fraudadas. Poderia ser que alguns generais não concordassem com a estratégia. Essa falta de coordenação inviabilizaria um ataque eficaz e, em vez de tomar a cidade, o exército bizantino poderia perder a guerra.
No mundo das criptomoedas, os generais são os nodes da rede. Eles precisam estar de acordo com os processos para o funcionamento do chain não ter falhas. Aí entra o BFT: ele funciona com dois terços dos nodes em acordo e confiança para o blockchain atuar corretamente.
Diferenciais das Binance coins
O protocolo BFT opera no algoritmo de consenso Proof-of-Stake Authority (PoSA). Nele, os usuários usam as moedas para se tornarem validadores do sistema e são recompensados com coins escolhidas por uma autoridade central. Com isso, a velocidade de processamento das transações é muito maior.
Ao usar Binance coins para pagar as taxas de negociação na plataforma, os usuários ganham descontos e benefícios especiais. Além disso, as moedas são usadas com várias outras utilidades no ecossistema Binance.
Elas podem ser utilizadas para participar de vendas de tokens e pagar por serviços na plataforma, além de serem aceitas por vários parceiros comerciais em todo o mundo.
A Binance realiza regularmente "queimas" de tokens, destruindo uma porcentagem. Isso reduz a circulação e diminui a oferta total, o que gera escassez e potencializa o aumento do valor do ativo a longo prazo.
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